Razões para Viver: Estudo com Adolescentes que se Recuperaram após Histórico de Autolesão
Resumo: Este artigo destaca a importância das jovens risco suicídio ao apresentar as principais razões para viver relatadas por adolescentes que superaram a autolesão. Inclui dados estatísticos relevantes, quem está mais vulnerável, e orientações para reconhecer e ajudar esses jovens, enfatizando o papel do senso de autoproteção, relacionamentos e terapias.
Conectar-se à família, seguir uma carreira, ter um pet, fazer viagens, tatuar-se e ir a shows. Essas foram algumas das principais razões para viver listadas por mais de 200 adolescentes que se recuperaram após histórico de autolesão e foram acompanhados por uma equipe internacional de pesquisadores.
“Determinar essas motivações dá uma perspectiva de futuro aos jovens risco suicídio e ajuda a estabelecer relações e terapias”, defende Mathijs Lucassen, educador especializado em saúde mental da Universidade de Londres.
Segundo o estudo, mesmo ambições singelas garantem que adolescentes retomem seu senso de autoproteção e registrem menos comportamentos depressivos.
No mundo, o suicídio é a quarta causa de morte entre jovens.
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Jovens de 10 a 19 anos estão mais vulneráveis
Autolesão
A cada dez minutos, um adolescente comete autoagressão no país. No total, são cerca de 50 mil casos por ano.
Internação
Em 2024, quase 2 mil jovens foram internados por causa de violência autoprovocada. São cinco por dia.
Óbito
Dados mais recentes são de 2023, quando 1,1 mil mortes foram registradas. A maioria dos adolescentes tinha de 15 a 19 anos.
Consultas
137 atendimentos diários são feitos no Brasil para salvar adolescentes em risco de suicídio.
Levantamento
As informações foram divulgadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) a partir de registros da rede pública.
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Como ajudar jovens em risco de suicídio
Passos para apoiar jovens em risco de suicídio
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Reconhecer sinais de autolesão e comportamentos depressivos, como citado no estudo.
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Estabelecer diálogo aberto e empático sobre saúde mental com o jovem.
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Buscar auxílio profissional de psicólogos ou psiquiatras especializados.
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Incentivar a construção de redes de apoio, como familiares e amigos.
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Encorajar atividades e metas que promovam o senso de autoproteção.
Conectar-se à família, seguir uma carreira, ter um pet, fazer viagens, tatuar-se e ir a shows são algumas das principais razões para viver listadas por adolescentes que se recuperaram após histórico de autolesão. Identificar e fortalecer essas motivações é crucial para ajudar jovens em risco de suicídio a reencontrar um propósito e melhorar sua saúde mental.
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Mais de 200 adolescentes identificaram razões comuns para viver, como família, carreira e lazer.
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Jovens de 10 a 19 anos são o grupo mais vulnerável ao risco de suicídio e autolesão.
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O senso de autoproteção é uma ferramenta importante para reduzir comportamentos depressivos.
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O suicídio é a quarta causa de morte entre jovens globalmente.
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Intervenção precoce e apoio terapêutico são fundamentais para a recuperação.


